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domingo, 20 de setembro de 2015

ÁTIMOS

   "Às vezes no silêncio da noite", nem precisa mesmo ser a noite, basta o silêncio, aquele silêncio em que si ouve, em que o seu ser resolve falar na calada do instante, pois está ali apenas os dois você e ele, o seu controlador que te coloca em xeque, te faz analisar algumas coisas e tentar entender outras tantas, coisas incompreensíveis como o seu próprio ser, a razão desse ser e o porquê disso tudo, desse tudo nada que ninguém ver nem entende e você ali naquele silêncio analisando tudo, pensando, questionando, querendo respostas inexistentes.
   Respostas, pode ser essa a razão de viver, se é que há razão entre tantas desistências, desistências não no sentido de desistir, mas no sentido de (de)existir, de naquele momento, ignorando a máxima, em que tudo é pensamento é que nos ausentamos do mundo, pode ser que pensar nos faz existir, mas não nesse mundo, mas no nosso mundo, no nosso íntimo em que existe estradas desconhecidas e conclusões perigosas.
   Entretanto, maior perigo mesmo é o silêncio que provoca tudo isso, mesmo que seja no silêncio de uma música, de uma conversa e até mesmo na multidão, esse silêncio não precisa da ausência de som, pois ele nos ausento de qualquer som, de tudo.
   Voltamos outra vez a questão do "Penso, logo existo", mas quando penso mesmo, logo, não logo de conclusão mas logo de rapidez mesmo, (de)existo. Problema mesmo não é isso, problema é saber o que virá depois de mim em mim.